Reset Week: Dá para investir no que você acredita?

Marina Cançado e Fabio Barbosa debatem como montar um portfólio mais alinhado com os seus valores pessoais

Fábio Barbosa e Marina Cançado falam sobre como alinhar os investimentos aos valores pessoais
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O número de fundos que se dizem ESG ou sustentáveis explodiu nos últimos anos: são quase 90 opções disponíveis no Brasil para o investidor de varejo, como mostra o nosso Guia Reset de Fundos ESG

Mas é possível aplicar o dinheiro de acordo com os nossos valores? É possível colocar o dinheiro para trabalhar no que acreditamos? 

Esse foi o fio condutor do primeiro debate da Reset Week, que contou com a presença de Marina Cançado, especialista em investimentos sustentáveis e conselheira do Future Carbon Group, e Fabio Barbosa, ex-presidente do Banco Real, da Febraban, e um dos pioneiros da agenda de sustentabilidade no mercado financeiro. 

Cançado, que já assessorou diversas famílias de alto patrimônio na transição para um portfólio mais de impacto, deu algumas dicas práticas de por onde começar. 

A primeira é ser pé no chão e alinhar expectativas. Mais do que procurar o rótulo de “sustentável” como uma garantia que de o investimento esteja acima do bem e do mal, entender quais são as suas prioridades pessoais.

“Antes de sair procurando um produto ESG, o investidor precisa fazer uma lição de casa pessoal. Precisa colocar no papel o que ele busca, quais questões são fundamentais para ele. Se quer investir em produtos alinhados a temas específicos ou se não quer investir em certas empresas. Essa reflexão leva a uma transição de portfólio mais intencional e evita frustrações”. 

Barbosa, que senta no conselho de diversas empresas, diz já estar vendo o impacto da demanda dos consumidores e dos investidores nas diversas empresas que atua. 

E que a preocupação com fatores ambientais e sociais não é apenas bom mocismo, mas uma questão gestão de risco – o que também deve estar no radar de todos os investidores. 

“O ESG nos investimentos não é modismo, veio para ficar. Os jovens de hoje tem essa preocupação quando pensam em consumir, investir e também onde querem trabalhar. Passa a ser estratégico e fator de sobrevivência para as empresas entenderem esses novos padrões. E, por consequência, para quem investe nessas empresas”. 

A íntegra da conversa está disponível no nosso canal no YouTube: