Raízen investe R$ 2 bi em mais duas plantas de etanol celulósico

A Raízen, produtora de etanol, está emitindo R$ 1,2 bi em dívida ESG
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A Raízen anunciou no início da noite de hoje a construção de mais duas plantas para produzir etanol de segunda geração no estado de São Paulo, um investimento estimado em R$ 2 bilhões.

Quando as duas novas usinas entrarem em operação, em 2024, a empresa terá quatro plantas produzindo o chamado etanol celulósico, obtido com o aproveitamento do bagaço da cana.

A tecnologia por trás desse novo tipo de combustível, chamado de E2G, tem apelo especial no mercado exterior. Hoje, quase a totalidade da produção do etanol de segunda geração é destinada à exportação.

Hoje a Raízen produz 34 mil metros cúbicos anuais de E2G em sua usina de Costa Pinto. No ano que vem começa a funcionar a de Bonfim, que deve levar a capacidade a 116 mil metros cúbicos.

Em 2024, as duas plantas recém-anunciadas, Barra e Univalem, mais que dobrarão o volume, para 280 mil metros cúbicos por ano. Segundo comunicado da Raízen, 80% desse volume já está vendido.

A empresa afirma que o investimento esperado já leva em conta a inflação e eventuais variações cambiais que possam afetar o preço de maquinários importados.

O E2G tem dois principais apelos. O primeiro é um aumento de até 50% no etanol produzido com a mesma quantidade de cana-de-açúcar. O outro é os mercados que ele permite que a empresa explore.

A União Europeia, por exemplo, quer misturar álcool aos combustíveis fósseis – desde que eles não concorram com a produção de alimentos.