Radar Reset: Contabilizando o impacto ambiental e outras leituras recomendadas

Radar Reset: Contabilizando o impacto ambiental e outras leituras recomendadas
A A
A A

Contabilizando o impacto 

Contabilizar os custos do impacto ambiental de US$ 2,3 bilhões e US$ 4,8 bilhões gerados por Lufthansa e American Airlines, respectivamente, teria levado ambas as aéreas ao prejuízo em 2018. A conta é resultado de um avanço importante feito pela Impact Weighted Accounts Initiative (IWAI). A iniciativa mapeou o custo do impacto ambiental de 1800 empresas.

Em artigo para a HBR, Ronald Cohen e George Serafeim resumem os avanços da contabilidade ponderada por impacto, os próximos passos e suas repercussões. “A transparência de impacto vai remodelar o capitalismo. (…) Ela vai redefinir o sucesso, de forma que sua medida não seja apenas o dinheiro, mas o impacto positivo que fazemos durante a nossa vida”, escrevem.

Representação feminina

Num momento histórico para a representação feminina no mundo corporativo, Jane Fraser vai substituir Mike Corbat como CEO global do Citigroup a partir de fevereiro. Chefe do banco de consumo global e há 16 anos na companhia, ela será a primeira mulher a presidir um grande banco de Wall Street.  E pode ser o começo. O Dealbook, do New York Times, traz uma lista de outras mulheres bem cotadas estão para assumir bancões nos Estados Unidos.

Até tu, Uber?

O Uber fez um compromisso de fazer apenas corridas com carros elétricos na América do Norte e na Europa até 2030. Globalmente, a meta é atingir o ‘net-zero’ de emissões de gases de efeito estufa até 2040. Segundo o FT, o compromisso veio depois do primeiro relatório de impacto feito pela empresa, que concluiu que, nos EUA e no Canadá, as emissões de gases estufa das viagens de Uber superam em 41% aquelas feitas com carros com uma ocupação média para a região. O principal problema é o tempo gasto pelos motoristas de Uber dirigindo sem passageiros.

Chapa quente para o plant-based

A chilena The Not Company, mais conhecida como NotCo, levantou US$ 85 milhões numa rodada liderada pelos fundos Future Positive e L Catterton e que avaliou a companhia em US$ 250 milhões (pós-money).  A companhia, que já tem presença no Brasil com produtos como maionese, leite e sorvete de origem totalmente vegetal, vai usar os recursos para lançar novos produtos e acelerar sua expansão global. 

Já a Beyond Meat, uma das titãs do mercado de carne vegetal, com valuation de mais de US$ 9 bi na Nasdaq, anunciou que vai abrir uma fábrica na China, abrindo uma avenida de crescimento no país mais faminto por proteína do mundo. 

ESG chacoalha duas rivais da Vale

A Rio Tinto anunciou a saída do CEO Jean-Sébastien Jacques e outros dois diretores por conta da revolta de acionistas com a destruição de cavernas consideradas sagradas por grupos aborígenes pela mineradora. O episódio já tinha levado ao corte no bônus dos executivos. Já a BHP se comprometeu com uma meta de redução de 30% das emissões de gases de efeito estufa até 2030 — e atrelou a remuneração dos executivos ao objetivo.

Nova classe de ativos para biodiversidade 

Para valorizar efetivamente a natureza, governos e formuladores de políticas públicas deveriam considerar a criação de uma nova classe de ‘ativos’ compreendendo coisas como solos com sistemas produtivos que sequestram carbono e espécies polinizadoras. Papo de ativista? Pois bem: a proposta é de Henry Paulson, ex-secretário do Tesouro americano, num artigo para o FT.

Outras leituras

  • O valor da Amazônia tem de ser precificado, diz Rubens Ometto (Estadão)
  • Raízen Energia negocia a compra da Biosev (Valor)
  • PetroRio se torna a segunda petroleira a integrar o Ibovespa (Mega What)
  • Como separar os fundos ESG bons dos ruins (FT)
  • CVM discute agenda ESG com reguladores de todo o mundo (Valor)
  • Startup que produz diesel a partir do plástico excede valuation de US$ 1 bilhão  (Bloomberg)
  • Gás natural é o novo carvão do mundo desenvolvido (Bloomberg)