No Itaú, crédito imobiliário mais barato para empreendimentos sustentáveis

Com Repasse Verde, banco garante taxa mais baixa disponível para financiar unidades com selo que garantem ecoeficiência

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Pouco mais de um ano depois de ter lançado uma linha de crédito corporativo para financiar empreendimentos imobiliários com credenciais sustentáveis, o Itaú está estendendo o benefício também para as pessoas físicas. 

Quem comprar unidades residenciais nos empreendimentos aprovados pelo Plano Empresário Verde do banco terá acesso à menor taxa de financiamento disponível no banco. 

Hoje, as taxas de empréstimos imobiliários variam entre a taxa de referência (TR) mais 9,5% e TR + 9,99%, com o custo menor disponível apenas para os segmentos de clientes de mais alta renda do banco: Personnalité ou Private. 

“Para esses empreendimentos, qualquer cliente terá acesso à taxa mais baixa”, afirma Thales Ferreira Silva, diretor de crédito imobiliário e consórcios do Itaú Unibanco.

Disponível no Itaú BBA, o banco de atacado do grupo, o Plano Empresário Verde já contempla 24 projetos, com Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 3,5 bilhões, todos residenciais. 

Nesta linha de crédito, empreendimentos que têm certificações que garantem padrões mais sustentáveis de construção, como menor emissão de poluentes no processo construtivo e uso eficiente da água, conseguem uma taxa menor para financiar a obra.

São elegíveis empreendimentos que têm o selo Edge, do IFC, ou Aqua-HQE, da Fundação Vanzolini. Está em processo de homologação também o selo Leed, o mais conhecido do mercado. 

“A demanda por esse tipo de crédito nos surpreendeu”, diz Bruno Bianchi, diretor comercial do segmento imobiliário no Itaú BBA. O produto, inicialmente disponível apenas em São Paulo, já ganhou o território nacional. 

Ele não revela o quanto a linha representa de todo o crédito voltado para incorporadoras, mas afirma que o percentual “não é desprezível”.

Segundo ele, a linha de crédito voltada para pessoas físicas – batizada de Repasse Verde – é o ponto final do projeto, que demandou uma integração de processos entre os bancos de varejo e atacado. 

“A redução na taxa para o cliente final vai ajudar a estimular a demanda por empreendimentos mais sustentáveis, porque agora, além do benefício no financiamento da construção, há uma vantagem palpável na hora de vender as unidades no mercado”, diz ele. 

O Itaú Unibanco tem uma meta de reduzir suas emissões de carbono — inclusive as do portfólio — pela metade até 2030. 

Ao fim do terceiro trimestre, o banco tinha uma carteira de R$ 100,7 bilhões em crédito imobiliário para pessoas físicas e de R$ 108 bilhões considerando também o segmento corporativo.