No Instituto XP, educação financeira para 50 milhões de pessoas

Projeto tem como foco crianças, jovens e mulheres em situação de vulnerabilidade social

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No Instituto XP, educação financeira para 50 milhões de pessoas
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Maria vai a um piquenique com os amigos e precisa comprar quatro itens de uma lista de alimentos que a turma organizou. Ela tem 10 Américas, uma moeda fictícia, no bolso, mas ao longo de seu caminho até o parque surgem vários desafios que podem fazê-la poupar ou gastar este dinheiro.

A situação – hipotética, mas que poderia fazer parte da vida real de muitas crianças – é a premissa do jogo Piquenique, um dos Jogos de Educação Financeira que vão chegar a 100 mil crianças de escolas públicas em municípios com baixo IDH a partir do Instituto XP, frente de impacto social por meio da educação financeira da XP Inc., em parceria com o Instituto Brasil Solidário (IBS), ONG que elaborou o projeto.

Vence a partida o aluno que ao fim do percurso, e após a compra dos quatro itens, tiver o saldo mais alto. 

Lançado em março de 2021, o Instituto XP tem a meta de levar educação financeira para 50 milhões de pessoas nos próximos dez anos. O foco são crianças, adolescentes e mulheres em situação de vulnerabilidade social. “Nosso trabalho é contribuir para uma mudança de mentalidade e comportamento em relação ao dinheiro”, explica Marcella Coelho, head de Impacto Social da XP Inc, e executiva à frente do Instituto XP. 

“Ele faz parte da vida de todo cidadão, mas para a grande maioria esta relação ainda é conflituosa, gera angústia, ansiedade, insônia, brigas em família, muito por falta de informação e conhecimento.”

Coelho explica que o instituto não tem um modelo engessado de atuação. Pode atuar apenas com o patrocínio a projetos já existentes como também estruturar o conteúdo com aulas e curadoria. “O que queremos garantir é que eles tenham diversidade regional, racial e de gênero”, diz. 

Segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 77,4% das famílias brasileiras fecharam o mês de maio com alguma dívida, salto de 9,8 p.p. em relação ao ano passado, e 28,7% estão inadimplentes. 

“É fundamental que educação financeira seja vista como uma causa, como algo com que todos nós devemos nos preocupar enquanto sociedade, pela gravidade e inúmeras consequências desastrosas que a falta dela traz a cada cidadão, às suas famílias, à economia e ao país”, reforça Coelho.

“Isso vai muito além de fazer contas ou planejar investimentos, tem a ver com cultura. Por isso o Instituto XP foca na base, em crianças e jovens, para que desde cedo sejam capazes de fazer escolhas mais acertadas, separando desejo de necessidade, para que possam ter perspectivas de realização de sonhos e planejar suas vidas no médio e longo prazo.

A alfabetização financeira promove melhoras na saúde mental, na autoestima, na autoconfiança, liberta e ajuda a tornar a pessoa dona da própria história.”

Em seu primeiro ano de atuação, o Instituto XP fechou diversas parcerias importantes. Entre elas estão conteúdos para a Alicerce Educação, em cursos de 16 horas presenciais ministrados em regiões periféricas pelo país, para a Artemisia, levando educação financeira a empreendedores com negócios de impacto social, e em conjunto com a Microsoft no curso “Educação Financeira Usando o Excel”, parte da Escola do Trabalhador 4.0, projeto da empresa de tecnologia com o Ministério do Trabalho e Previdência.

Uma parceria fundamental para levar educação financeira a mais salas de aula do país foi firmada com o portal Nova Escola, visto que educação financeira foi incluída na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para ser trabalhada de maneira transversal, ou seja, abordada em diferentes contextos e disciplinas. 

O projeto inclui 59 planos de aula para diversas matérias do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental – incluindo Educação Física. O Brasil tem hoje cerca de 2,2 milhões de professores na rede pública, e o portal Nova Escola é acessado, em média, por 2,7 milhões de pessoas a cada mês.

“A BNCC nos deu uma oportunidade de ouro de levar o tema aos educadores, que se tornam multiplicadores deste conteúdo para milhões de crianças e jovens de todo o país e muitos até então também eram analfabetos financeiros”, diz Coelho.

Uma pesquisa realizada pela Biomma, sob encomenda do Instituto XP e Nova Escola, entre novembro e dezembro de 2021 com 1067 professores da rede pública apontou, de fato, que 93% deles acreditavam que educação financeira nas escolas ajudaria os alunos a se tornarem adultos melhor preparados para lidar com questões financeiras, mas apenas 23% tiveram contato prévio com o tema. 

Além dos novos conteúdos e parcerias, o Instituto XP tem em seu radar mapear e potencializar as boas iniciativas em alfabetização financeira que já existem pelo Brasil. Para isso, promoveu em dezembro a primeira edição do Prêmio Educação Financeira Transforma, que recebeu mais de 400 inscrições de 175 cidades brasileiras, divididas em sete categorias: Macroinfluenciador, Microinfluenciador, Nanoinfluenciador, ONG, Solução Digital, Professor e Pesquisador.

Cada um dos 21 finalistas recebeu um prêmio de R$ 10 mil e os sete vencedores, outros R$ 30 mil cada. “Tem muita gente fazendo trabalhos extraordinários pelo país, mas sem estrutura, apoio financeiro ou qualquer reconhecimento”, explica Coelho. 

Alessandra Camargo Godoi, premiada na categoria Professor, concorda. Em 2009 ela aderiu a um projeto piloto nacional de educação financeira. Começou com a própria formação e, com o tempo, passou a ser a coordenadora do programa em todo o estado do Tocantins, hoje considerado referência no conteúdo.

“Eu estudei Letras, tenho 33 anos na educação e era professora de português. Ao ver o quanto este aprendizado em finanças rapidamente transforma a vida dos alunos e de suas famílias, eu me apaixonei. Em 2018 recebi o título de primeira Embaixadora de Educação Financeira do país, dado pela AEF-Brasil, e minha carreira nesta área sempre se desenvolveu com muita militância. Ver meu nome entre os vencedores foi maravilhoso.”

Luis Salvatore, diretor do Instituto Brasil Solidário, que além de parceiro do Instituto XP levou o prêmio na categoria ONG, corrobora a importância da atuação da entidade para o crescimento da educação financeira pelo país.

“Em cinco anos, saímos de um projeto piloto regional dos jogos com 20 mil alunos e atingimos 700 mil crianças no Brasil e em países da América Latina. Em breve chegaremos a 1 milhão, e o Instituto XP será responsável por 10% desse número, o que é uma participação bastante relevante, que nos permite ganhar força e escalar cada vez mais”, diz. 

Sobre a marca:

O Instituto XP existe para empoderar as pessoas para escolherem a vida que querem para si. Sua atuação é focada na realização de programas e projetos que têm como beneficiários grupos minorizados.


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