ISE: Petrobras e mais nove empresas entram em nova carteira; Braskem é única exclusão

BTG, Cosan, CPFL, GPA, M Dias Branco, Marfrig, Minerva, Neoenergia e Suzano entram na última carteira a vigorar antes da revisão da metodologia do índice de sustentabilidade da B3

ISE: Petrobras e mais nove empresas entram em nova carteira; Braskem é única exclusão
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Petrobras e mais nove empresas entraram na nova composição do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3, enquanto a petroquímica Braskem, alvo de uma grande controvérsia por conta do desastre ambiental em Maceió, foi a única exclusão. 

A carteira, que valerá pelos próximo ano, será a última a vigorar antes de uma ampla reforma na metodologia do índice, prevista para estrear em 2022. O portfólio inclui 46 ações de 39 companhias.

Além da Petrobras, que estava fora do ISE desde 2009, foram incluídas as ações do banco BTG Pactual, da Cosan, das elétricas CPFL e Neoenergia, do Grupo Pão de Açúcar, da fabricante de massas e biscoitos M Dias Branco, dos frigoríficos Marfrig e Minerva, e da Suzano, de papel e celulose. 

Permanecem na composição: AES Tietê, B2W, Banco do Brasil, Bradesco, BRF, CCR, Cemig, Cielo, Copel, Duratex, Ecorodovias, EDP, Eletrobras, Engie, Fleury, Itaú Unibanco, Itaúsa, Klabin, Light, Lojas Americanas, Lojas Renner, Movida, MRV, Natura, Petrobras Distribuidora, Santander, Telefônica, Tim e Weg. 

Reforma 

Com a crescente adoção dos filtros ambientais, sociais e de governança (ESG) no mercado de capitais, a B3 resolveu promover uma ampla reforma da metodologia do ISE, que começou neste ano de 2020, em que o índice completou 15 anos de idade. 

Muitos investidores se queixam quanto à governança do índice e o fato de empresas que atuam em setores controversos, como de petróleo e petroquímico, além de companhias já arroladas na Lava Jato, fazerem parte da composição. 

Hoje, a composição do ISE depende muito das respostas a um questionário enviado às 200 empresas com maior liquidez na bolsa. Ou seja, a carteira baseia-se, em grande medida, em informações autodeclaradas. Na nova composição, devem ser usadas mais informações públicas e de provedores externos de dados ESG, que ainda estão em processo de seleção. 

Além disso, o questionário, hoje padronizado para todo tipo de empresa, passará a levar em conta a chamada materialidade, ou seja, os pontos mais sensíveis em termos ambientais, sociais e de governança para cada setor de atuação.

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