BTG lança ETF baseado em novo índice ESG da B3

Fundo é baseado no recém-lançado índice S&P/B3 Brasil ESG; Renner, BB e Natura estão entre as principais posições da carteira, que inclui também Braskem 

BTG lança ETF baseado em novo índice ESG da B3
A A
A A

O BTG Pactual acaba de lançar o ESGB11, um fundo de índice negociado em bolsa, os chamados ETFs, que considera empresas bem ranqueadas em critérios ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês).  

O produto vai replicar a carteira que integra o índice S&P/B3 Brasil ESG, recém-lançado pela bolsa brasileira. O índice é constituído por 96 ações, e baseia-se em pontuações ESG estabelecidas pela S&P Dow Jones, o mesmo critério utilizado pelo Dow Jones Sustainability Index. 

As principais posições são Lojas Renner, Banco do Brasil, Natura, Itaúsa, Itaú, Bradesco, Cemig, WEG e Telefonica/Vivo. Nomes como Petrobras, Vale e JBS, além de outros frigoríficos, ficaram de fora.

A petroquímica Braskem, alvo de uma enorme controvérsia com um desastre ambiental em Alagoas, está entre as dez principais posições.

Por um lado, a enorme variação entre pontuações estabelecidas pelas casas de avaliação ESG denota em algum grau a subjetividade dos modelos baseados em scores.  

Mas a diversificação da carteira é um dos principais destaques deste índice. As 10 maiores empresas representam 39% do total do índice ESG versus 45% no Ibovespa e 62% no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3. 

A B3 já tem índices ligados a sustentabilidade, como ICO2 e o ISE — que, inclusive, está passando por uma reformulação para se adequar às novas exigências do mercado em relação a ESG. 

Mas nesses casos, a metodologia é baseada em questionários que têm que ser respondidos pelas empresas.  O Itaú tem um ETF ligado ao ISE, mas ele nunca ganhou muita tração. 

Segundo comunicado divulgado pelo BTG, o novo ETF está disponível no BTG Digital e “também será distribuído por outros parceiros do mercado”. 

“O mercado de ETFs ESG já é bastante desenvolvido em outros países, com fundos consolidados, mas ainda pouco explorado no Brasil. Estamos suprindo uma agenda que tem grande potencial de crescimento nos próximos anos”, disse Andrea Cardia, sócia e gestora de renda variável da BTG Pactual Asset Management, em nota à imprensa.